sábado, 1 de outubro de 2011


“O estresse pode ser compreendido como a capacidade dos peixes mobilizarem as reservas de energia de forma a evitar ou vencer imediatamente situações de ameaça.
Em piscicultura intensiva, a situação deestresse está constantemente presente e pode afetar o desempenho produtivo dos peixes, prejudicando o estado de saúde e aumentado asuscetibilidade a doenças.
O estresse em piscicultura intensiva pode ser proveniente de várias fontes, das quais são práticas comumente utilizadas, como por exemplo, a manipulação dos animais, o emprego de alta densidade de estocagem, o transporte,interações biológicasqualidade da água e manejo de alimentação.
Informações fisiológicas baseadas no estresse provocado pelas práticas culturais podem ser úteis no desenvolvimento de novas e melhores técnicaspara aumentar o sucesso de cultivo.” (Trecho retirado de Oliveira e Cyrino).

Fonte-Projeto Pacu

O GEMAQ e o trabalho com couro de peixe.


m setembro do ano passado, durante o Sinpesca, tive a oportunidade de conhecer o trabalho do Grupo de Estudos de Manejo na Aquicultura (GEMAq) e os laboratórios de “Tecnologia de Pescado” e “Processamento de Pele de Peixe” da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo.
Na oportunidade, experimentei vários produtos deliciosos à base de pescado (cookies, almôndegas, enlatados) e conferi a maciez e beleza dos courosproduzidos pelo grupo. O grupo de pesquisa deles é multidisciplinar e bastante expressivo.
Eles tem bons resultados em diversas linhas de pesquisa em aquicultura e participam de um trabalho muito legal que é o “Universidade sem Fronteiras”, que disponibiliza informação e tecnologia à comunidade. Uma iniciativa que tem como resultados práticos, a inclusão social e a geração de trabalho e renda.

O Pintado Real® - Projeto Pacú


O Pintado Real® vai revolucionar a piscicultura de nativos, pois com ele, há a possibilidade de produção de 02 safras/ano.

Confira suas principais características:

Fácil criação
O Pintado Real® não requer tempo de ambientação, alimenta-se bem durante o dia,  requer poucos manejos de classificação e não apresenta nenhum grau de canibalismo.

Resistente ao manejo 

O Pintado Real® tem comportamento dócil e  baixa resposta de estresse aos manejos de classificação, transporte e estocagem. Tão dócil que quando manejado, volta a comer normalmente no dia seguinte.
Rápido crescimento 
Com esta nova linhagem é possível produzir peixes  de 1,8 kg em 7 meses, resultando em duas safras por ano.

Ótima resposta alimentar

O Pintado Real® forrageia percorrendo a superfície d água, sem o comportamento usual de bote, característicos dos outros surubins. Possui ótima resposta metabólica às rações comerciais e quando comparado aos outros surubins, apresenta resultados superiores em conversão alimentar.
Rendimento de carcaça 
O Pintado Real® possui cabeça pequena, filés mais altos e menor cavidade visceral, ou seja, aproveitamento de carcaça superior e atrativo à industrialização.

Alto valor comercial

O Pintado Real® é um peixe claro e de ótima aparência para gôndola, apreciado por sua carne branca, sem espinhas, sabor suave e baixo teor de gordura.

Fonte-Projeto Pacu

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Em Salvador, ministro Luiz Sérgio destacará potencial da Bahia para a produção de pescado

O ministro da Pesca e Aquicultura, Luiz Sérgio, tem dois compromissos importantes neste início de semana, em Salvador. Nesta segunda feira, dia 04 de julho, ele participa da solenidade de abertura do XVI Encontro dos Pescadores na Bahia, no Centro de Convenções de Salvador (Teatro Iemanjá), a partir das 18 horas. E amanhã, terça-feira, dia 05 de julho, no mesmo encontro, irá proferir palestra sobre a situação da pesca e aquicultura no Brasil, logo cedo, às 8h30.
O estado da Bahia conta com aproximadamente cem mil pescadores artesanais.   A atividade no estado é importante não apenas para a economia como para a cultura baiana. Tanto que já inspirou personagens de Jorge Amado, músicas de Dorival Caymmi, e telas do artista plástico Carybé, que este ano completa um século de nascimento.
O Ministério da Pesca e Aquicultura, que comemorou em junho dois anos de existência, tem investido muito na Bahia, tendo em vista o elevado potencial do estado para a produção de peixes, crustáceos e moluscos. O estado já é o terceiro maior produtor de pescado do Brasil, com mais de 121 mil toneladas. E o seu potencial para o aumento da produção é excepcional, sobretudo através da aquicultura. O litoral baiano tem mil e cem quilômetros de extensão e pode ser aproveitado para o cultivo do peixe bijupirá, camarões, ostras e algas. O Ministério tem investido em estudos para identificar as melhores áreas a serem destinadas à implantação de parques aquícolas marinhos. O estado também tem potencial para a produção de pescado no continente. Apenas cinco reservatórios da Bahia – Glória, Itaparica, Itapebi, Moxotó, Sobradinho e Xingó -, compreendem juntos uma lâmina d’água da ordem de 45 mil hectares.

Fonte:MPA

Brasil e Paraguai se unem para produzir mais pescado

Acordo entre os dois países será assinado pelo ministro Luiz Sérgio, durante visita da presidenta Dilma a Assunção
O ministro Luiz Sérgio, da Pesca e Aquicultura, integrará a comitiva da presidenta Dilma Rousseff ao Paraguai, nesta quarta-feira, dia 29 de junho, à reunião da Cúpula de Chefes de Estados do Mercado Comum do Sul – MERCOSUL. Representando o Brasil, o ministro Luiz Sérgio assinará conjuntamente com o Ministro da Agricultura e Pecuária do Paraguai, Enzo Cardozo Jimenez, um memorando de entendimento que visa ao fomento da cooperação entre os dois países na área de pesca e aquicultura.
Brasil e Paraguai, além de compartilharem parcerias estratégicas na área energética – em relação à usina de Itaipu e a novos projetos – querem desenvolver outras atividades de interesse comum, entre elas a pesca e a aquicultura, capazes de gerar empregos, renda e alimentos saudáveis. Os dois países compartilham os recursos hídricos das bacias do rio Paraná, onde se encontra Itaipu, e do rio Paraguai.
“Se aproveitarmos no máximo 1% do espelho d’água do reservatório de Itaipu para a produção de pescado, de forma a não impactar o meio ambiente, temos potencial para produzir algo em torno de 200 mil toneladas de pescado por ano”, lembra o ministro Luiz Sérgio, ao exemplificar o potencial da região para a atividade. Segundo ele, os dois países já participam da Rede de Aquicultura das Américas, que busca a cooperação dos países da América Latina e do Caribe em favor do desenvolvimento da aquicultura.
De acordo com Francisco Osvaldo Alves Barbosa, assessor do MPA para assuntos internacionais, a viagem do ministro Luiz Sérgio “irá fortalecer as relações entre Brasil e Paraguai no campo da aquicultura e da pesca”. Ele lembrou que o Brasil já tem tecnologia para o aproveitamento mais racional dos recursos hídricos, que poderá levar à produção intensiva de pescados, sem comprometer o meio ambiente.

Parques aquícolas

Nos municípios de Entre Rios do Oeste, Santa Helena e São Miguel do Iguaçu, no estado do Paraná, o Ministério da Pesca e Aquicultura já implantou três parques aquícolas – conjunto de áreas destinadas à produção de pescado. Os parques, que aproveitam as águas do reservatório de Itaipu, já contam com 73 áreas licitadas e em produção, cada uma com dois mil metros quadrados de lâmina d’água e com capacidade para produzir 40 toneladas de pescado por ano. A engorda dos peixes – hoje principalmente da espécie pacu – ocorre em tanque rede, uma espécie de gaiola que fica submersa. No município de Santa Helena foi implantada uma Unidade Demonstrativa de cultivo, mantida pelo curso de Engenharia de Pesca, no Campus de Toledo, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Já para atender à demanda da produção do rio Paraguai, entre outras, a Embrapa Pantanal conta com uma Unidade Demonstrativa e de Pesquisa em Corumbá, no estado do Mato Grosso do Sul.

Fonte:MPA

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Ministério da Pesca enfrenta teste da afirmação

O Brasil quer multiplicar o potencial da produção de pescado em 16 vezes até 2020. A missão está nas mãos do Ministério da Pesca e Aquicultura, que não completou dois anos e já enfrenta cobrança de setores produtivos
 
Por: Patrícia Comunello
MARCELLO CASAL JR/ABR/JC
Ministério da Pesca quer fisgar peixes maiores
Ministério da Pesca quer fisgar peixes maiores
Nicolas é filho do médico Alexandre Alexis. A cada três meses, o garotinho de cinco anos acompanha Alexis ao Mercado Público de Porto Alegre, repetindo o ritual que o médico cumpria com o pai há quatro décadas. Tudo igual se não fosse o percurso de cerca de 400 quilômetros. Para garantir o salmão fresco que Nicolas adora, o médico sai de Ijuí e se abastece na Capital. A última compra, em 27 de maio, foi de dez quilos. A maratona para assegurar o peixe em duas refeições na semana contrasta com outra tradição: Ijuí, onde Alexis atende seus pacientes, é um dos maiores produtores de pescado em açudes do Estado, campeão nacional de aquicultura, somando quase 50 mil toneladas (dados de 2009), 14% da oferta.
Mas por que o morador de Ijuí vem à Capital para comprar um dos alimentos mais saudáveis e sem contraindicação médica? “É difícil achar o produto em supermercados. Tem de mudar a cultura baseada na carne”, opina o profissional, que contribui educando o paladar do pequeno Nicolas, o que ajuda a elevar o consumo entre os brasileiros, ainda baixo para os padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS). O País chegou a pouco mais de nove quilos de pescado por habitante ao ano em 2009, ante a recomendação de 12 quilos.
Este fato e a meta de turbinar o potencial de cultivo, para compensar eventual limite na modalidade extrativa, inspiraram a criação do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), na metade de 2009, que sucedeu a Secretaria Especial da Pesca, implantada em 2003 na estreia de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência da República. “Hoje temos um endereço em Brasília”, diz comedido o presidente do Sindicato dos Armadores e da Indústria da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi), Giovani Genázio, representante do Sul do País no Conselho Nacional de Pesca (Conepe).Liderança do estado que mais produz pescado, com fatia de 16% das 1,240 milhão de toneladas (dado de 2009), Genázio admite que é um avanço ter a pasta, ante mais de 20 anos do que chama de abandono da pesca, principalmente a extrativa, onde os catarinenses são imbatíveis. Entre 1960 e 1980, o ramo foi capitaneado pela Superintendência de Desenvolvimento da Pesca (Sudepe), que injetou dinheiro, ajudou a multiplicar a frota e o parque de processamento. Nesse período, os gaúchos detinham maior produção de pesca extrativa, ainda a maior fonte na área, com mais de 815 mil toneladas. A Sudepe foi extinta em 1990, pelo governo de Fernando Collor de Mello, instaurando o declínio do setor. De mais de 200 indústrias, recuou-se para 50.
A lista de ações esperadas pela cadeia do setor inclui desde medidas para dimensionar o potencial da pesca marinha, levantamento da situação das embarcações, recursos para melhoria da tecnologia e regulamentação mais estável de áreas e espécies que podem ser pescadas. “Se usarmos a pesca de forma racional, teremos diferencial no mundo”, defende o dirigente catarinense. As empresas cobram a criação de comitês científicos, que estaria atrasada em três anos. Também exigem maior independência entre a pasta novata e o Ministério do Meio Ambiente (MMA). “O DNA do MMA não é a atividade econômica. O MPA tem de ser mais independente, fazendo a gestão e conciliando com as leis e regras ambientais”, reforça o presidente do Sindicato das Indústrias da Pesca de Rio Grande (Sindipesca), Torquato Pontes Ribeiro.
Para os dirigentes, há demora na definição do chamado permissionamento, que estipula o que pode ser pescado e onde no Litoral. “Como o setor vai investir se não sabe os limites?”, justifica Ribeiro. A pauta da cadeia extrativa tem ainda a concorrência das importações, que crescem 20% ao ano, e embarcações estrangeiras arrendadas e que avançam nas águas do Sul disputando a oferta de atum. A ministra de Pesca e Aquicultura, Ideli Salvatti, responde que o plano da pasta prevê maior aporte de recursos, por meio do Fundo da Marinha Mercante, e facilidades no acesso à linha para upgrade das embarcações. Ela promete lançar os editais dos 21 comitês que precisam ser implantados até o final do ano. Sobre as importações, a ministra afirma que foram acionadas medidas para restringir a entrada maciça de panga, espécie de peixe embarcado pela China, líder mundial em aquicultura, com produção de 60 milhões de toneladas.  
No Estado, o segmento ainda é coadjuvante e virou departamento da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Cooperativismo e Pesca. O secretário da pasta, Ivar Pavan, admite estrutura acanhada e elenca prioridades como instalação de açudes (hoje são 160) e apoio ao desenvolvimento da cadeia do setor. “Há enorme potencial para diversificação. É uma nova economia”, demarca Pavan, lembrando que na última Semana Santa, com  a venda de 2 milhões de toneladas em feiras, faltou produto. Com a afinidade partidária entre governo estadual e federal, a pasta local quer facilitar o acesso a programas do MPA, o que atende a expectativa número um dos industriais gaúchos, lembra o presidente do Sindipesca.

Ministra quer chegar a 20 milhões de toneladas de pescado em 2020

Segundo Ideli, objetivo é dobrar a produção aquícola até o ano que vem. MARCELLO CASAL JR/ABR/JC
A meta do governo federal é preparar a base de produção brasileira para atingir 20 milhões de toneladas de pescados até 2020. O volume é o potencial estimado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para o País, o que elevaria em 16 vezes o resultado de 2009, que somou 1,2 milhão de toneladas. Para cumprir a meta, a aposta é a pulverização de parques de aquicultura. Os últimos dados disponíveis sinalizam impulso mais rápido do cultivo, que avançou 15,7% entre 2008 e 2009, ante 5,4% da pesca extrativa marinha. A proporção é de 415,6 mil toneladas de aquicultura e 825,1 mil da extrativa.
Em uma frase, a ministra da Pesca e Aquicultura, Ideli Salvatti, resume sua estratégia diante de pressões por resultados imediatos na pasta, que mal completou dois anos de vida. “Costumamos dizer que neste ministério, quando alguém se estressa, vai pescar.” Ideli tem a ambição de trilhar os caminhos percorridos pela agroindústria de frango e suíno, líderes mundiais em produtividade e competitividade. 
O êxito será buscado com atualização tecnológica das embarcações que fazem extrativismo no Litoral. “A defasagem é de 35 a 40 anos com perda de eficiência e de produto”, salienta. No ministério, o grande canal para multiplicar o tamanho do setor, que poderá galgar rumo às primeiras posições (hoje o Brasil está em 21º lugar na oferta mundial de pescado), é a aquicultura. A ministra não enxerga alternativas para maior expansão da modalidade extrativa.  
No cultivo, a palavra-chave são os parques aquícolas, que devem chegar a 35 até 2012.  Reservatórios de hidrelétricas são o alvo principal. Estudos técnicos dimensionam o potencial e depois é feita concorrência pública para concessão por 20 anos da fonte de produção. “Estimamos dobrar a produção aquícola até o ano que vem”, aposta.  Agricultura familiar é um dos segmentos prioritários, cujos produtores podem se habilitar à exploração sem custos, quando as áreas forem de até dez hectares.
Para agregar marketing ao potencial dos pescados, os programas são inseridos nas ações de erradicação da miséria do governo federal, com testes para incluir o peixe na merenda escolar (o piloto está sendo feito no Estado) e nas metas de sustentabilidade ambiental. A estrutura ainda é limitada, com superintendências em todo o País, mas poucos funcionários. Cortes no orçamento atingiram a pasta.

Redução da oferta preocupa trabalhadores

Pescador é teimoso, avisa o presidente da Colônia Z-5, na Ilha da Pintada, em Porto Alegre, Vilmar Ieggli Coelho. O comportamento, segundo Coelho, filho e neto de pescadores e que preside também a federação do setor no Estado, ainda dá crédito ao Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). “Estamos contando com o ministério, que precisa olhar para a gente. Somos a razão de a pasta existir”, registra o dirigente, que lidera mais de 28 mil pescadores artesanais gaúchos. Para ele, o MPA precisa alcançar recursos e mais facilidade para acessar projetos, além de ter atuação direta e autônoma na regulação ambiental.
Diante da constatação de redução na oferta de pescado extrativo, o grupo pretende se habilitar à instalação de um tanque aquícola no Guaíba, dentro do programa do ministério. “O local pretendido é a região conhecida por ressaca da Ilha da Pólvora. Precisamos repovoar os rios”, justifica o presidente da colônia. O casal Marinês e Luiz Carlos Maciel comprova a realidade. Na segunda-feira passada, os dois retornaram com oito quilos de pintado apreendidos na rede.
“Costumávamos voltar com 20 quilos”, contrasta Maciel, que diante de ganhos menores da atividade partiu para um emprego na indústria, onde se aposentou. A comunidade avalia que a oferta reduziu 20% nos últimos anos. Coelho cobra mais fiscalização sobre operadores clandestinos e quem usa redes de pesca em dimensões proibidas.

Da indústria ao reino dos temakis

 O declínio da indústria da pesca extrativa gaúcha levou indústrias como a Japesca, com unidade em São Lourenço do Sul, a diversificar, reforçando o varejo e explorando a relação com o consumidor. Herdeiros do negócio, que começou nos anos de 1970 com o pai pescador, que atuava na Ilha da Pintada, os irmãos Gabriel e Roberto Mendo da Cunha apostaram em 2010 na abertura de uma temakeria, com a meta de ofertar pescado com valor agregado, com a comida japonesa. Hoje os dois já somam duas lojas, no Centro da Capital, e filas se formam para devorar 800 a 900 cones de alga marinha com arroz e peixe cru.
“Queríamos oferecer produto de qualidade e de preço acessível”, conta Gabriel, que está na linha de frente do negócio. Além disso, incomodava o jovem o fato de os gaúchos serem os que menos consomem pescado, sete quilos por pessoa ao ano. As temakerias já são a maior fonte de renda da operação da Japesca, que fatura por mês R$ 700 mil, e só devem crescer de tamanho.
A empresa administrada hoje pelos irmãos é a sobrevivente de um setor que já foi líder nacional. A área de pescado representa 0,6% do PIB gaúcho, que significou R$ 100 milhões em 2008, segundo a Fundação de Economia e Estatística. Em Rio Grande, a cifra é R$ 24,6 milhões, 20% do PIB da agropecuária do município. O presidente do Sindipesca, Torquato Pontes Ribeiro, acredita que com incentivos é possível dar novo alento ao setor. “A atenção está voltada ao polo naval, mas a indústria de pescado também tem muito potencial”. Rio Grande está inserido no projeto de desenvolvimento da produção de um peixinho chamado anchoita, que é aposta para ser incluído na merenda escolar e poderá ser industrializado por uma empresa local.
Patrizia Addallah, do Instituto de Ciências Econômicas da Furg, explica que o projeto busca definir e viabilizar o desenvolvimento da cadeia produtiva do peixe no Sul do Brasil. Estão sendo dimensionados estoques e rendimentos potenciais da pesca comercial de pequena e média escala, com aprimoramento do beneficiamento e elaboração de produtos. A meta, segundo Patrizia, é abastecer o mercado institucional, como a rede escolar.


Fonte : Jornal do Comercio

terça-feira, 14 de junho de 2011

Luiz Sérgio é o novo Ministro da Pesca e Aqüicultura

Tomou posse dia (13/06) em cerimônia no Palácio do Planalto o novo ministro da Pesca e Aquicultura, Luiz Sérgio de Oliveira. O ex-prefeito de Angra dos Reis (RJ), enfatizou que ele próprio já desenvolveu políticas voltadas a pescadores, como a criação de fazendas marinhas na região, e disse que a indicação para ocupar o MPA  representa "um novo desafio".
O ministro falou ainda que se sentia honrado em fazer parte do  Governo da presidente Dilma Roussef. Ao falar sobre o seu trabalho, nos meses que passou na Secretaria de Relações Institucionais o ministro disse ter dado seguimento ao diálogo permanente com prefeitos, governadores e outras lideranças.
"Me sinto apenas mudando de trincheira para dar continuidade ao mesmo combate que deu razão à minha vida. Na Secretaria de Relações Institucionais, o governo conseguiu ver aprovadas 21 medidas provisórias na Câmara e 18 no Senado. Também foram aprovados cinco projetos do Executivo, entre eles salário mínimo e Sistema Único de Assistência Social", relembrou o ministro.
Ao falar do MPA e do novo trabalho Luís Sérgio reafirmou que era com honra que recebia a tarefa. “O nosso desafio é levar o Brasil a figurar entre os maiores produtores mundiais de pescado e aproveitar o grande potencial brasileiro. Temos como tarefa valorizar a pesca artesanal, estimular a pesca industrial e a indústria de pesca”, concluiu.